terça-feira, 22 de novembro de 2016

VENTO LATERAL

Você já enfrentou uma rajada de vento lateral?


Pilotando tranquilamente em sua motoca pela rodovia e de repente um vento vem e faz com que sua moto deite num angulo perigoso para pilotagem.


Os ventos laterais são mais perigosos que os frontais na pilotagem, afinal, eles jogam a motocicleta para o lado com sério risco de jogar a moto para a pista oposta, podendo ocasionar um grave acidente. Nas regiões de grande incidência são comuns as placas indicando o fenômeno, nessas condições, o piloto deve diminuir a velocidade e tomar o cuidado de curvar o corpo, procurando mantê-lo o mais próximo da moto, fazendo com que o vento passe por cima do piloto, deve manter os braços firmes no guidão e com as pernas deve abraçar o tanque da moto.

O importante numa situação dessas é respeitar o vento, caso a pilotagem se torne difícil o piloto deve ir para a pista lateral ou então parar num posto de gasolina e aguardar o vento passar ou diminuir.


Fonte: www.rogerioboschinirotas.blogspot.com.br

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

HARLEY AND THE DAVIDSONS



Não conheço ninguém que não tenha ficado de queixo caído com a mini-série do Discovery Channel, "Harley and the Davidsons".
Qualquer aficcionado por qualquer tipo de motocicleta há de ter tido arrepios ao ver, na linda produção, a história do início motociclismo.

Amantes das Harleys então, nem se fala. Assistir a história dos fundadores da Harley Davidson, com suas (mesmo que romantizadas) personalidades, características, e o papel de cada um deles no nascimento da motocicleta foi uma das mais deliciosas aulas sobre moto que já tive.
E quem não babou por ver todas aquelas motos tão raras, novinhas, "saídas de fábrica". Ou as "customizadas" da época, preparadas pra quem queria ir mais rápido do que a fábrica oferecia.

Pois bem, esse cara aí embaixo chama-se Alex Wheeler. Ele foi o responsável pelas motos do programa.
Obviamente ao invés de reunir um acervo de valor inestimável (motos raríssimas, do início do século passado), que certamente impediriam qualquer tipo de cena de ação mais puxada, Wheeler optou por construir réplicas com tecnologia moderna.
Mas a precisão nos detalhes, o cuidado histórico foi tão grande, que fica impossível reparar alguma diferença entre as motos do programa e as originais.

Maravilhosas obras de arte.








Fonte: http://www.lordofmotors.com/

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

RODAR A NOITE


Pilotar uma moto durante a noite é um crime para muitos, a alegação é que existem muitos riscos de segurança, como por exemplo animais entrando na pista, um buraco repentino, confundir o motorista que vem em sentido contrário, pedrinhas nas curvas, enfim, inúmeros são os motivos para que muitos prefiram não arriscar. Para essas pessoas, o conselho é de realmente não andar a noite, pois a insegurança e o medo são grandes causadores de acidentes.

Na verdade, andar de moto durante à noite é uma das maiores recompensas dentro do motociclismo,é lógico que para isso algumas medidas se tornam necessárias, a primeira é justamente lembrar que os riscos acima mencionados são reais e que o cuidado em pilotar deve ser mais que redobrado. Andar à noite requer usar uma velocidade mais baixa, tendo o cuidado de não atrapalhar carros e caminhões que transitam nas estradas. O motociclista deve se preocupar em não andar na área central da pista, ele deve facilitar a ultrapassagem de quem quer que seja, o ideal é procurar se manter no trilho das rodas direita dos carros e caminhões, ficar fora delas significa andar dentro de um piso mais sujo, com mais pedrinhas soltas.

O motociclista também deve se preocupar em se fazer enxergar, evite as roupas de couro e utilize as jaquetas refletivas e se possível adesivar sua moto para que ela fique identificada.

Antes de pegar a estrada, verifique se os faróis estão alinhados e se estão funcionando, bem como se a luz de freio esta em ordem.

O moto clube Viragopr, Respeito, Liberdade, Companheirismo e Irmandade costuma realizar alguns passeios noturnos aberto para amigos de outros MC e MG, a foto dessa matéria é do passeio realizado na Estrada da Graciosa na região de Quatro Barras - Pr


Fonte: www.rogerioboschinirotas.blogspot.com.br

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

LUCKY FRIENDS RODEO MOTORCYCLE 2016


No dia 08 e 09 de outubro aconteceu o evento Luchy Friends Rodeo motorcycle, este evento a algum tempo venho acompanhando o seu desenrolar e para que fosse realizado e confesso que fiquei entusiasmado e porque não surpreso com o que foi proposto pelo Luchy e amigos, vi o resgate da cultura biker e tudo que esta em torno dela com tudo subversivo ao que estamos acostumados a acompanhar e participar aqui em nossa região.

Nada foi voltado para o comercial e sim para a cultura e para o nosso povo, som que curtimos, motos que curtimos, carros que curtimos, poeira, adrenalina, mulheres lindas e corridas (isso mesmo) corridas denominada de Rodeo, coisa que nunca vi aqui e pensei que nunca iria ver e confesso que fiquei com vontade de no próximo pegar estrada e ir conferir de perto. um evento enorme apenas voltado para nós apesar de ser privado mais com muito a oferecer a cultura biker. e espero que um dia aqui também tenha corrida na praia como vemos em outros países e que esta voltando com força apesar de ser muito restrito ao grande publico e mídia, confesso que espero que fique assim por muitos anos.

Sem mais delongas segue alguns registros do evento:























segunda-feira, 10 de outubro de 2016

VALE A PENA LER DE NOVO, AS BANDEIRAS EMBANDEIRADAS - COLETES!



Observar é sempre uma forma de aprender. Nem que seja para aprender o que não se deve fazer.
No inicio, os coletes serviam para identificar os grupos, apenas para isso.

Com o passar do tempo, inovações foram sendo adaptadas, penduricalhos foram sendo adicionados, alguns até com um gosto razoavel, outros exagageradamente, chegando ao ponto de não mais se ver o colete.

Mas gosto é gosto, e ja que a memoria nunca é respeitada mesmo, então que seja como cada um quiser.

Mas, ultimamente, de poucos anos para ca, começou-se a ver um novo modismo. Bandeiras. Bandeiras que surgiram timidamente, para indicar que aquela pessoa tinha visitado um determinado país, aos poucos foram se tornando mais um penduricalho ornamental.

Facilmente encontra-se motociclista praticamente coberto de bandeiras, na maioria dos casos , (nesses exageros), motociclistas que nunca sairam sequer do estado.
Com isso mais um indicativo cai por terra, ao ponto daqueles que realmente usavam indicando sua condição de viajante, deixarem de usa-las.

Chega a ser impressionante a facilidade com que destroem a historia, com que alteram as configurações, com que mudam os fatos passados, dando-lhes uma roupagem sem sentido, sem fundamento e absolutamente sem valor.
A ridicularização do que ja foi objeto de orgulho, esta chegando ao fundo do poço e o que outrora foi motivo de respeito, hoje se torna objeto decorativo. Usar um colete hoje, esta longe da importancia que ja teve.

E enquanto isso, poucos remanescentes tentam manter alguma chama acesa, numa luta inglória, pela preservação de uma historia, de uma época.
Depois do motociclista engarrafado, estamos entrando na fase do motociclista embandeirado....tristes tempos...


texto: Black Horse Brasil

terça-feira, 4 de outubro de 2016

COMO ESCOLHER A LUVA IDEAL?


A preocupação com a segurança ao pilotar uma moto tem feito aumentar consideravelmente o número de motociclistas que utilizam capacetes de qualidade, jaquetas e calças de proteção. Mas, muitos ainda se esquecem de um importante item: as luvas!

Apesar de ser ignorada por diversas vezes, as luvas estão em segundo lugar na escala de importância, logo atrás do capacete.

Por ser uma região com movimentos delicados e de muita flexibilidade, um grave dano nas mãos e dedos se torna de difícil recuperação a ponto de provocar sequelas irreversíveis.

Além de questões de segurança, outro motivo para usar as luvas é o conforto. Sem elas, rapidamente o motociclista ganhará calos nas palmas das mãos e dedos.

É por isso que hoje viemos lhe dar algumas dicas de como escolher a luva ideal:

Costura: é ideal ter costura dupla. Esses modelos são mais resistentes no caso de abrasão.

Ventilação: alguns modelos possuem entradas de ar na parte de cima dos dedos. Isso ajuda muito em regiões mais quentes ou no verão.

Fechos: luvas de couro e cano longo, normalmente têm dois fechos de velcro. O maior serve para ajustar o cano no diâmetro do casaco e o segundo é uma tira que serve para segurar as luvas nas mãos. Ela é muito importante pois impede que a luva caia em caso de abrasão no asfalto.

Conforto: escolha uma luva que permita flexibilidade nas mãos e não comprometa a sensibilidade dos dedos. Luvas específicas de moto velocidade possuem uma ligação que prende o dedo mínimo ao anelar, isso é para evitar uma lesão no dedinho, já que ele é o mais frágil de todos.

Proteções: verifique se a luva possui proteção na palma da mão, na parte superior e nos dedos.... O segundo passo é determinar o tipo de uso. Que podem ser basicamente estes:

Urbano/fora-de-estrada: quem roda quase exclusivamente na cidade pode escolher uma luva curta e de tecido. Elas oferecem boa margem de proteção com a vantagem de serem ventiladas.

Estrada: para mais conforto o ideal é uma luva de couro de cano longo. O cano da luva deve ficar por cima do punho do casaco para evitar que o vento entre pela manga!

Competição/esportiva: para quem usa motos de alto desempenho ou costuma praticar track-days em autódromos, a luva deve ser a mais profissional possível, com costura dupla, proteções de material sólido no punho e por cima dos dedos. Não são baratas, mas custam bem menos do que enfrentar um acidente!

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

SAINDO DA HIBERNAÇÃO - PARTE 2


Em janeiro fiz uma pequena viagem com a nova moto para Surubim-PE afim de testa-lá e também de reencontrar alguns amigos, além de prestigiar um super evento old shool de um clube local, pois bem a moto estava com um vazamento horrível pela junta do motor e estava tentando me enrolar na antiga oficina que eu frequentava indicando vários possíveis problemas no motor mais nenhum relacionado a uma junta de vedação isso me chateou bastante.

Segui a maior parte do percurso sozinho pela estrada e curtia a paisagem, até aí nada de estranho na moto além do vazamento, ai quando paro numa mercearia de beira de estrada encontro alguns amigos de meu antigo mc e fui muito bem apresentado e recebido por todos antigos e novatos e em poucos instantes noto que no local estavam vários clubes e me senti um forasteiro pois não identifiquei nenhum clube conhecido e vi que muitos clubes eram novos esses originados de membros que se desligaram de seus respectivos clubes por algum motivo e fundaram o seu próprio mc, eu desaprovo totalmente essa nova iniciativa desenfreada de se criar clube porque saiu de um clube.


Resolvi seguir viagem junto ao meu antigo mc e me decepcionei porque percebi a perca de qualidade de motociclista estradeiro que antes era um ponto primordial do clube, vi muitas coisas erradas no comboio a começar pela vestimenta de alguns novatos ou convidados, foram tantas coisas erradas que eu fiquei preocupado e triste ao mesmo tempo com o movimento motociclístico atual, aonde vamos parar, agora obrigatoriamente comprando uma moto você é um motociclista, e usará colete e o pior representará tradições antigas construídas com muito sangue e óleo?


Mais um alento para o meu dia foi a chegada ao evento onde realmente encontro uma coisa diferenciada em todos esses anos de moto, vi um evento moderno mais com cara antiga, com pessoas vendendo peças no meio da rua peças usadas ou construídas artesanalmente por eles, vejo carros e motos antigas em exposição e tentativa de musica boa também, ouvi relatos nada bons de quem tem moto grandes para os com motos menores e isso não muda nunca. Enfim voltamos em menor numero pois alguns não voltaram conosco acho que não gostaram de algo que não estavam acostumados a ver. descobri o motivo e encontrei uma boa oficina old para me ajudar a cuidar da moto e também em melhora-lá além de ter certezas e afirmações do que vejo, do que penso e do que quero para mim daqui para a frente, espero encontrar novos eventos voltados para o motociclismo puro e também encontrar velhos parceiros e novos parceiros com o mesmo proposito, assim terminei o meu dia e minha primeira viagem teste com a virago.


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

COMO REBOCAR SUA MOTO


O famoso “pé na pedaleira do garupa da outra moto”, pode quebrar o galho algumas vezes, mas ele vai complicando de acordo com o peso da moto e, o que é pior, pode gerar um acidente.

A Cycle World postou uma dica bem simples e legal como parte da sua edição The Total Motorcycling Manual (Cycle World): 291 Skills You Need (aliás, o livro vale a pena, tem bastante dicas legais e úteis. E se você comprar pelo link acima, ainda ajuda o site).

Primeiro, consiga de 4 a 6 metros de corda, arame ou tira de Nylon (eu sempre tenho uma paracord enrolada no cabo de uma faca de sobrevivência, mais uma utilidade para a dita cuja).

Você enrola a corda na pedaleira da sua moto, do lado oposto da corrente ou correia, e segura com o pé. Seu colega faz a mesma coisa, mas do lado oposto. Se alguma coisa der errado, basta soltar o pé para liberar a corda (a figura acima exemplifica bem).


Já a outra maneira, exemplificada abaixo, eu não acho tão prática. A ideia é amarrar a corda o mais alto possível no quadro da moto que está rebocando, ou fazer um Y no fim da linha e depois amarrar cada ponta em ambas as pedaleiras. Depois a corda passa por baixo do farol da moto a ser rebocada, sempre centralizada, e você enrola ela dando uma ou duas voltas no guidão, enquanto segura a ponta que sobrou dela com a mão da embreagem . Se algo der errado, o rebocado solta a corda.


Honestamente, a segunda opção depende bastante do tipo de moto, e em alguns casos pode danificar a carenagem. A primeira é mais simples, e muito mais segura que o famoso “pezão empurrando”.


Fonte: http://olddogcycles.com/


sábado, 24 de setembro de 2016

SAINDO DA HIBERNAÇÃO - PARTE 1


Em 2013 resolvi dar um tempo na bike e  passei 3 anos hibernando, enfim muita coisa mudou em relação aos meus amigos de estrada e também muita coisa mudou nos clubes de motos e no movimento motociclístico local e infelizmente para pior.

Alguns amigos migraram para clubes maiores ou menores procurando novos rumos para sua vida, outros simplesmente não rodam mais e um ou outro fundaram seus próprios clubes, vamos começar por esse assunto, nesse período que estive parado recebi um ou outro convite de ingressar para alguns clubes de motos bem maiores ou de tamanho semelhante ao que participei antes mais devido a novos desafios em minha vida não achei justo com meus amigos a fidelidade que u não conseguiria dar ao moto clube e também a eles e resolvi continuar parado, nesse período tive conhecimento que um ou outro abriu um moto clube próprio mais eu sabia que não iria vingar pois o amigo ainda era um grão verde dentro do motociclismo e foi o que aconteceu, não sei qual foi a ideia ou filosofia dele para querer juntar todo o refugo que não vingou em nosso antigo clube e levou para o dele e eu achei um baita desafio mesmo sabendo do que viria a acontecer.

Outro amigo migrou para um clube que segue os seus princípios religiosos (uma coisa que abomino) mais felizmente uma vez ou outra tinha noticias dele e que as coisas caminhavam bem e isso me deixava animado e muito feliz pois sabia que lá atras no inicio eu tinha feito uma base muito solida para nosso antigo clube e que daria frutos bons, hoje em dia o clube do meu amigo é um clube de tamanho nacional e ele o representa aqui em nossa região com o mesmo empenho que tinha antes no nosso antigo clube e isso me deixa muito feliz em ver prosseguir aquela cemente que plantei.

Mais feliz ainda fiquei com o nosso antigo presidente e meu amigo que ingressou num clube old school e fortíssimo e o meu amigo vem evoluindo dentro deste clube a passos largos e também achando seu caminho na vida, isso me anima muito pois vejo que tudo que fizemos antes teve um sentido na vida e espero achar o meu também.

Não posso negar que sumi das vistas de todos e uma vez ou outra quando encontrava algum amigo era uma festa inexplicável abraços apertados e uma esperança lá dentro do coração que voltaria a estar todos reunidos em breve, enquanto um amigo em especial onde fui o elo de ligação dele no meio motociclístico buscava seu caminho eu o acompanhava de longe mais sem perde-lo de vista e vi ele ser praticamente expulso de nosso antigo clube, fundar um novo junto a nós e depois ser convidado a se retirar por seguir a ética aprendida conosco (isso me chateou), enfim ele migrou mais uma vez para um clube simpatizante e que eu vi nascer e também ajudei no desenvolvimento do clube mais que já não era o mesmo e fez meu amigo sentir-se bem por um período mais estava cada dia mais sozinho nas estradas contrariando tudo que sempre ensinamos a ele e que também aprendi da mesma forma (na dor) a andar sozinho pelas estradas, recentemente recebi a noticia que ele foi convidado a se retirar do clube e que o clube ira baixar bandeira, confesso que isso não me deixa triste pois sei que ele estará livre para voltar a rodar junto a mim em breve e sei o caminho que ele irá seguir daqui pra frente.

A conversa continua.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

HIBERNAÇÃO


E depois de um longo período hibernando estou voltando a rodar, irei compartilhar com vocês meu ponto de vista sobre o movimento biker atual, sobre a velha escola e trazer também informações como dicas de manutenção e entretimento e tudo que já rolava por aqui a algum tempo atrás.

Infelizmente por uma falha humana perdi todo o arquivo do blog em relação a fotos e videos, ao menos os textos ficaram, enfim bola pra frente; E pra começar trago a primeira novidade.

Adquiri uma bike que é um tanquinho de guerra denominada Virago 250cc e iremos conversar bastante sobre essa bike clássica.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

VALE A PENA LER DE NOVO, "QUANDO O ÚLTIMO BIKER CAIR"


Os velhos, agora, estão ficando de fora. Eles estão diminuindo em número. Esses individualistas com roupas e caras surradas são uma triste perda para a cena Americana.

Ás vezes eles, os verdadeiros, ainda são vistos. Algumas vezes em grupos, não tão numerosos quanto há algum tempo, outras vezes apenas um.

Um biker que ficou firme por um longo tempo na vida que ele ama, nunca se rendendo a um sistema que te suga como um redemoinho se você escorregar apenas um pé para dentro dele.

Ele tem seus chegados. Uns poucos como ele, que cuidam e protegem uns aos outros, agarrando-se ao único estilo de vida verdadeiro que resta. Como velhos dinossauros, seus rostos são enrugados e calejados, mas seus olhos, ainda aguçados e atentos.

Alguns tem barbas e tranças grisalhas, outros mancam e sentem dores nos rins. Mas ainda assim eles sabem que nenhuma outra vida é vida de verdade, as outras são meras jornadas deprimentes com destino à monotonia das pessoas.

Eles observam os novos e viram as costas, sabendo que eles nunca conhecerão a vida na estrada ou as mulheres que a suportam.

Mulheres selvagens e amantes, que os acompanhavam porque também gostavam dessa vida. Mulheres de coração selvagem e alma leal. É disso que se precisa.

Os novos são reluzentes e jovens, e um pouco limpinhos demais. Eles nasceram num sistema que agora tem pulso forte. Os novos nunca conhecerão e não seriam capazes de levar "a vida".

Acho que é um mistério, até para os mais velhos, o motivo de eles terem escolhido essa vida, mas essa vida é deles, e é a única que eles vivem. Quando o último biker cair será como com os dinossauros, o sol vai se pôr e levar com ele uma raça de homens com corações de ouro, duros como uma rocha e de espírito livre, que amam e protegem o que é deles até o último instante.

Num sistema global, que faz das pessoas bonecos fabricados, a terra será um lugar muito mais sem graça.


Quando o último biker cair.
por Maddog - American Veterans M.C. (Military Club)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

SURUBIM OLD BIKES


No dia 31 de janeiro de 2016 o Surubim Old Bikes vem resgatar o velho e bom encontro de motociclistas com uma proposta voltada a velha escola do motociclismo, vamos prestigiar?
O evento esta marcado para iniciar a partir das 10h na sede dos Cowboys do Asfalto da Cidade de Surubim-PE com balcão de peças antigas e churrasco 0800.

Contatos: e-mail : eraldopio@yahoo.com.br 
Eraldo / Ginaldo / Ilário Fone: (81)98053030 / 9914-9065 / 9203-6383

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

PORQUE GOSTO DE MOTOCICLETA!


Ninguém me pergunta se eu gosto de sorvete, de ver televisão, de dirigir carro... O que a moto tem de diferente ? O que o motociclista tem de diferente ?

Acho que temos a vontade que o mundo seja diferente. O motociclista gasta menos o mundo – e, com isso, sobra mais do mundo para os outros e para nós. Se existe diferença, é na capacidade de perceber que temos mais opções. Não existem caminhos impossíveis para um motociclista. Podemos ver de um jeito diferente, podemos ousar mais, podemos afastar-nos um pouco do rebanho.

Existe muita coisa no mundo que dá prazer, e andar de moto é uma delas. Quando ando de moto, sinto que formamos um único ser, perfeitamente integrado, com uma vontade única (quase sempre...). Na moto, a condução pode ser curtida a cada instante, e não faz parte de uma obrigação – a obrigação de ir trabalhar, de ir ao médico, de ir para a escola.

Como tenho a vantagem de morar um pouco mais afastada do Plano Piloto, aproveito a meia hora que levo até o trabalho para conversar comigo. Livro-me de telefone tocando, televisão dirigindo meus pensamentos, rádio, Cd, gente. O som do motor parece natural, e é engraçado como eu também me torno natural. Paralelamente os meus eus que conversam, exigem uma outra Fernanda, que é um animal (no sentido zoológico...). Integro-me de maneira total ao ambiente, alerta a cada movimento dos outros animais. Acho até que tenho a capacidade de adivinhar o que eles vão fazer. Não há passado nem futuro – só a atenção máxima, só o presente, uma coisa instantânea. E ainda há espaço para sentir mais a natureza – principalmente quando está chovendo e esqueço a capa em casa.

Os gurus da ciência da Administração e dos Departamentos de RH ainda não descobriram como as qualidades de um bom motociclista são perfeitas para a empresa. Onde achar alguém com maior habilidade em lidar com incertezas, de se manter intacto num ambiente muitas vezes hostil, completamente imprevisível – e ao mesmo tempo ser capaz de prever, de analisar em frações de segundo todas as variáveis envolvidas numa situação e tomar a decisão acertada ? No mundo do motociclista não pode existir a palavra erro.

Tenho a vantagem de passar por engarrafamentos com menor perda de tempo. Sempre acho uma vaga para estacionar em qualquer lugar – e é mais fácil achar uma na sombra. Só “pego” o sinal fechado uma vez – não sou obrigada a ficar naquela fila de carros vendo o sinal abrir e não dar tempo para eu passar. O os quebra-molas ? Lá perto de casa são onze, e passo de lado ou direto por cima (tenho uma XT600E). O preço da gasolina aumentou ? Não faz muita diferença.

Bom mesmo é andar de moto, e não ficar escrevendo sobre como é bom andar de moto. Tchau ! 


Texto: Fernanda Fernandes

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

VALE A PENA VER DENOVO "VIAJAR DE MOTO"


Muitas vezes sou questionado por amigos não motociclistas o porquê de viajar de moto, e não de carro. Não é fácil explicar o porquê de se empreender viagens de motocicleta. Como explicar que as razões se encontram encravadas no meu íntimo?

Como explicar o prazer, o desafio o sabor de conquista, as sensações que sentimos? Por mais que eu me esforce e tente explicar, não encontro as palavras e os motivos de me aventurar pelo mundo nesse maravilhoso veículo de duas rodas.

Os mesmos tipos de desafios passei quando velejava na classe Laser, um pequeno veleiro para um único velejador. Quanto frio... as mãos calejadas, esforço físico demasiado, o corpo queimado do sol, sede, uma batalha em cada competição que participava. Esforço solitário no cockpit, ventos fortes, ventos fracos e o veleiro sempre avançando no meio do nada.

Viajar de moto não é barato, seguro nem confortável. Porque então? Não estamos protegidos das intempéries, das pedras, dos pássaros, não temos som, não temos ar condicionado, nossa bagagem vai em bolsas, amassa tudo, molha, é difícil de encontrar os objetos, de carregar e amarrar diariamente a bagagem. Porque então viajar de moto?

E a mulher, a namorada, a chamada “garupa”? Já pensou se ela não preferiria estar ao seu lado, tirando pequenos cochilos, ao invés de estar agarrada, balançando, na expectativa de uma parada para ir ao wc? O motociclista estradeiro que encontrou a mulher-garupa deve agradecer aos céus.

Com a experiência de 50 anos de motociclismo digo aos amigos: - É mais fácil comprar uma bela moto estradeira de 1.000 cc do que encontrar a “garupa ideal”.

De uns anos para cá, com mais idade e experiência deixei a batalha na busca dos horizontes no mar e me dediquei totalmente ao motociclismo, muito menos cansativo, mas com maior risco fisicamente. Em nossa vida, vamos vencendo os desafios e colecionando sucessos. No motociclismo me sinto assim a cada partida para uma nova aventura. Quando chego a minha casa e entro com a motocicleta na garagem, sinto-me como os aventureiros que atravessam oceanos ou escalam paredões rochosos – um vencedor, com apenas algumas desventuras, como sempre, facilmente contornáveis, me convenço de que moto é um sonho no qual você viaja.

Depois de um longo trajeto, escapando de buracos, acidentes, besouros, cabras e tantas coisas mais, como frio, mão dormente, dor na bunda, caminhões irresponsáveis, vento, chuva e chegamos finalmente a um hotel ou pousada, NUNCA será como a casa ou a cama da gente. Todos os dias em todas minhas prazerosas viagens senti saudades de minha casa.

Viajar de moto é paixão, é curiosidade incontrolável de ver ou rever estradas e paisagens, de sentir liberdade, a sensação de risco, se sentir no mesmo dia frio, calor, medo, saudade. Quem ainda não entende esse espírito aventureiro, questiona os amigos motociclistas sobre o motivo de suas longas e difíceis viagens ou travessias. Para mim que conheço os desafios, o charme, e as dificuldades, viajar de moto é uma questão de apenas viver a vida sobre esse veículo transmissor de emoções.

Esses são os meus motivos.

Autor: Otavio Araujo “Gugu” - 67 anos, motociclista há 51 anos. Administrador de Empresas e empresário da construção civil, roda atualmente em uma Honda Varadero V 1.000

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

RECORDAR É VIVER "O PRAZER"


Eu piloto puramente, e somente, porque é divertido.

Eu piloto porque eu desfruto da liberdade que sinto ao estar exposto aos elementos e da vulnerabilidade ao perigo que é intrínseca à pilotar.

Eu não piloto porque está na moda pilotar.

Eu piloto minha máquina, eu não a visto. Minha máquina não é um símbolo de status. Ela existe simplesmente para mim, e somente mim. Minha máquina não é um brinquedo. Ela é uma extensão do meu ser, e eu a tratarei de acordo, com o mesmo respeito que tenho por mim mesmo.

Eu me esforço para entender o funcionamento interno da minha máquina, do mais básico ao mais complexo. Eu vou aprender tudo que puder sobre minha máquina, de modo que eu não dependa de ninguém além de mim para sua saúde e bem-estar.

Eu me esforço para melhorar constantemente minha habilidade de controle sobre minha máquina. Eu vou aprender seus limites, e usar minha habilidade para me tornar um só com minha máquina, de modo que nós possamos manter um ao outro vivos. Eu sou o mestre, ela é o servente. Trabalhando juntos em harmonia, nós nos tornaremos um time invencível.

Eu não temo a morte. Eu farei, no entanto, tudo que for possível para evitar a morte prematura. Medo é o inimigo, não a morte. Medo na rodovia leva a morte, então eu não vou deixar que o medo me domine. Eu vou dominá-lo.

Minha máquina viverá mais que eu. Assim, ela é meu legado. Eu vou cuidar dela para que futuros motociclistas possam admirá-la, assim como eu a admirei, quem quer que eles sejam.

Eu não piloto para ganhar atenção, respeito, ou medo daqueles que não pilotam, e nem quero intimidá-los ou perturbá-los. Para aqueles que não me conhecem, tudo que eu desejo deles é que me ignorem. Para aqueles que desejam me conhecer, eu compartilharei com eles a verdade sobre mim, para que eles possam me entender e não temerem outros como eu.

Eu nunca serei o agressor na estrada. No entanto, se outros mexerem comigo, a agressão deles será lidada da maneira mais severa que eu puder infligir sobre eles.

Eu vou mostrar respeito para com outros motociclistas mais experientes ou sábios que eu. Eu vou aprender com eles tudo que eu puder.

Eu não vou mostrar desrespeito para com outros motociclistas menos experientes ou sábios que eu. Eu vou ensiná-los tudo que eu puder.

Será minha tarefa ensinar novos motociclistas, que assim desejarem, sobre o estilo de vida dos motociclistas, de forma que a raça continue. Eu vou instruí-los, assim como eu fui instruído por aqueles que vieram antes de mim. Eu vou preservar e honrar as tradições dos motociclistas que vieram antes de mim, e vou passá-las inalteradas adiante.

Eu não vou julgar outros motociclistas em sua escolha de máquina, sua aparência, ou sua profissão. Eu vou julgá-los apenas na maneira como eles se comportam como motociclistas. Eu tenho orgulho dos meus méritos como piloto, mas mesmo assim não vou me gabar dos mesmo para outros. Se eles perguntarem, eu vou compartilhá-los.

Eu vou estar preparado para ajudar qualquer outro motociclista que realmente necessite da minha ajuda. Eu nunca pedirei a outro motociclista que faça por mim algo que eu possa fazer por mim mesmo.

Eu não sou um motociclista de meio-período. Eu sou motociclista a qualquer hora ou lugar onde estiver. Eu tenho orgulho de ser motociclista, e eu não escondo meu estilo de vida de ninguém.

Eu piloto porque eu amo a liberdade, independência e o movimento do chão sob mim. Mas acima de tudo, eu piloto para melhor me entender, entender minha máquina, as terras por onde passo, e para encontrar outros motociclistas como eu.

Autor Desconhecido

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

SIGNIFICADO DA ÁGUIA E ÍNDIO NO MOTOCICLISMO DE ESTRADA


Alguns de nós tem estampada em suas motocicletas ou camisetas a figura de uma águia.
Outros, tem a águia na atitude e personalidade.

Esta é uma ave muito especial, é a que mais tempo vive além de ser a que voa mais alto, quase sempre em voo solitário. Ficam lá no alto, olhando o azul infinito. Alguma vez já pensou onde vão as águias quando a tormenta vem ? Onde é que elas se escondem ? Elas não se escondem… Abrem suas asas, que podem voar até 90 km por hora e enfrentam a tormenta.
Enquanto todo mundo fica às escuras, embaixo, elas voam vitoriosas e em paz, lá em cima. Quando chegam aos 35 anos, estão com as penas velhas, o que as impedem de voar, as unhas e o bico estão compridos demais, curvados, impedindo-as de se alimentar. Então, numa atitude instintiva e de coragem pela sobrevivência, procuram um lugar alto, próximo à uma rocha onde batem as unhas até que se quebrem.

Em seguida o bico. Batida após batida, até cair. Enquanto isso, são alimentadas por outras, para que sobrevivam. Quando as unhas começam a crescer, ela vai arrancando as penas, uma a uma. Após aproximadamente 150 dias está completo o processo e ela parte para o vôo de renovação, com mais anos de vida pela frente. Mas as águias também morrem. Quando sentem que chegou a hora de partir, não se lamentam nem ficam com medo.
Tiram as últimas forças de seu cansado corpo e voam aos picos mais altos, quase inatingíveis, e aí esperam resignadamente o momento final.
Até para morrer são extraordinárias. Os índios e símbolos indígenas também são muito usados por motociclistas pelo sentimento de liberdade que representam....

Copio abaixo o depoimento de M. A. Soares Diretor do Navarro Highway M.C. de Bragança Paulista:

O motociclismo é um estilo de vida que tem o poder de transformar homens comuns em super-heróis que cruzam o asfalto com suas possantes máquinas de sonho. Ser motociclista é valorizar a amizade e o companheirismo dos colegas da tribo, ter o prazer de se evadir da realidade de uma vida monótona e rotineira, saindo sem destino pelo mundo afora, sentindo o vento bater no rosto, no peito,o sol abrasando a pele por baixo das roupas de couro ou o frio que congela as mãos do guerreiro da estrada.
Ser motociclista é sentir um arrepio na pele ao ouvir o ronco do motor da moto, sentir as batidas do coração, que aceleram no mesmo ritmo que ela.
É enfrentar os riscos e perigos para viver essa paixão incontrolável, pela qual se vive e muitas vezes se morre, sempre em busca da emoção de quem vive nas estradas um sonho real de liberdade e glória. Amar o motociclismo é também acompanhar nosso ego em seus encontros e viagens.

É saber dividi-lo com outras duas amantes: a estrada e a moto, sem nunca disputar a prioridade no coração do Guerreiro Estradeiro, por saber que o páreo é duro. Ou então ficar esperando por ele, contando os minutos para que ele volte de sua solitária jornada, na certeza de que, por mais distantes que sejam os caminhos percorridos, aquele índio motociclista voltará para casa, encharcado pela chuva, com o capacete embaixo do braço e as roupas sujas de lama, como uma águia cansada que volta para o abrigo do ninho depois de um longo vôo, esperando para enfim tirar dele aquela armadura de couro negro e aconchega-lo em nosso peito, até o momento em que apareça uma nova viagem...


Fonte: http://daddy-roadmachine.blogspot.com.br/