terça-feira, 23 de dezembro de 2014

DOS CICLOS SOCIAIS E DO FINAL DAS COISAS QUANDO AINDA ESTAMOS VIVOS

Abreu e Lima, 30 de novembro de 2014. 14h
 
Caros amigos incidentais, companheiros de jornada, amigos de todos os lugares, de moto clubes, usuários de veículos de duas rodas, gente diversa e versada em discutir sobre como desfrutar da motocicleta (e de como mantê-la em bom funcionamento), das viagens, dos relacionamentos em grupo e de nós, que driblamos os problemas da vida pilotando e fazendo parte da paisagem, bem vindos à vida.
 
 
Relutei muito em começar esse texto para não deixar que alguma mágoa o estragasse. Eu não queria parecer infantil ou descontrolado ao descrever com amargura os momentos passados de minha experiência, até porque tudo que me esforço em lembrar são as coisas boas. Gosto de apagar da memória tudo o que me machuca, não exatamente como quando se tem amnésia, mas resolve. E, mais uma vez, vou falar sobre motocicleta, do seu uso e de sua influência em minha vida. No princípio, quando começou a minha relação com os motoclubes, eu me comportava apenas como espectador. Fazia tudo o que me era solicitado, cumpria regras, horários, a fim de conquistar um espaço entre eles. E no começo foi um pouco duro ser aceito. Não entendia o funcionamento e não existe uma regra que define se alguém vai ser aceito nem, se for, quando vai ser aceito. Mais difícil é encontrar um espaço para suas ideias em qualquer lugar, ainda mais difícil num lugar onde há pessoas não te querem por perto e das quais você sabe muito pouco.
 
Sempre me disseram que a inocência protege. Nesse caso, logo que descobri que minha presença não era aceita unanimemente, pensei: e se eu não soubesse? Então, decidi seguir em frente, "pagar para ver", amparado pelo depoimento das pessoas que me queriam ali. Eu não tinha nada a perder, só a ganhar: conhecimento, amizades, experiências diversas, dados de pesquisa para o meu trabalho de conclusão de curso, entre outros.
 
A pior coisa que poderia acontecer, e aconteceu, foi eu ter sido convidado a me retirar, já que o meu aguçado instinto de autoproteção não iria permitir que eu tivesse que sair forçadamente. Minha personalidade era o que eu tinha ao meu favor, mas é nas características pessoais que os grupos encontram elementos de rejeição e de aproximação. E, dentre as minhas características, encontra-se uma que incomoda muita gente: a sinceridade. Ela é uma “faca de dois gumes”: com ela você cimenta muitas amizades sinceras, mas também alimenta o mal querer de muitos outros que vivem a fingir vidas perfeitas e que não gostam de ter suas verdades descobertas.
 
Não sei se foi a atitude certa continuar meu caminho sem me importar com as críticas, afinal de contas, a aceitação é também uma situação efêmera. Mas por um tempo foi muito bom. Até recentemente foi assim. E a vida é mesmo repleta de situações efêmeras. No meu trabalho, por exemplo, durante um tempo fui visto apenas como “mais um”. Alguns me viam como um novo bolsista, outros como um personagem de gibi, por causa do coturno e da jaqueta de couro, que fizeram parte da minha vestimenta durante uns anos. Mas com o tempo tudo mudou e eu adquiri o respeito da maioria, acredito. Situações efêmeras. Todas passaram. Em outros ambientes podemos optar. No meio motociclístico amador fiz muitas amizades. Não posso garantir que seja amado e admirado, mas acho que ao menos o respeito de uns poucos, porém importantes cidadãos, devo ter.
 
Não me considero o mais esperto dos sujeitos, mas sempre que posso tento dividir as coisas que aprendo. E, para isso, continuo minha saga de observar a vida para aproveitá-la melhor. E se eu pudesse deixar um legado a posteridade, seria um manual de boas maneiras. Não desses manuais de etiqueta à mesa ou de como se vestir. Seria mais parecido com um conjunto de observações e opções para você cuidar de si mesmo, evitando maiores conflitos com os seus semelhantes. Recentemente, tive a experiência de me ser solicitado devolver o brasão. Nos primeiros dias eu não consegui entender muito bem o que estava acontecendo, posto que tivesse dedicado quase quatro anos da minha vida a um clube. Mesmo assim o devolvi, pois entendo que o brasão não é do associado, embora tenha o uso e a posse provisória. Em seguida me senti “roubado” por acreditar que o que estava fazendo era uma contribuição para o clube que me ajudou a crescer enquanto usuário de motocicleta.
 
Neste momento estou considerando apenas o meu ângulo de visão. É claro que existem muitas outras coisas envolvidas. Não estou tentando parecer vítima de nada. As situações mudam e as suas ações passam a não significar tanto quanto no momento em que você as começou. Não foi culpa de ninguém, a vida segue seu compasso. Mas eu, neste momento de mudança, não estou conseguindo me ver escudado por outro grupo. Estou me sentindo o exército de um homem só. Dentro da estrutura de clubes, eu diria, porque no resto da existência eu sempre soube que se vem e se vai sozinho. Para meu consolo imagino que o alerta de alguns, sobre o excesso de motoclubes seja legítimo e eu esteja sofrendo suas consequências. Em Pernambuco passamos dos quatrocentos e sessenta. E ainda tem gente que me liga e diz:
 
-Vamos "montar" um MC?
E eu respondo:
-Para que, se há tantos?
 
Estou esperando a “febre de criação de MC” passar, pois vejo os eventos cada dia mais vazios e perdendo forças para existir. Em dado momento, um presidente de motoclube me disse: “se eu não tiver algum apoio, ano que vem eu não farei mais. Não aguento gastar tanto”. Outro grande evento do qual participei este ano estava vazio nos dois primeiros dias. Nem os expositores contumazes apareceram. Eu quase não encontrei gente conhecida. Espero não ter detectado um colapso do movimento. Justo agora que algumas associações estão criando forças e que a legislação está se modificando, que os criadores das políticas públicas de mobilidade estão começando a incluir a motocicleta como parte integrante do transito. Pequenas pesquisas no meio acadêmico, que incluem a motocicleta e os motociclistas não como causadores de mortes, mas como vítimas das péssimas condições de gerenciamento do tráfego, começam a aparecer.
 
As prefeituras estão tentando resolver o problema da mobilidade, ainda de uma maneira inconsistente, e que demonstra desconhecimento e inabilidade de se comunicar com os usuários. Mas o problema atinge todo mundo, em todas as grandes cidades. Em breve, eu acredito, um diálogo entre os legisladores e os motociclistas será inevitável. E nesse momento eu espero que os motoclubes estejam mais próximos.
 
 
 
Joel Gomes – acadêmico das ciências sociais, motociclista, motoqueiro, mototurista e motoclubista, escrevendo para se livrar das suas próprias dores, colaborando com o blog Os Sem Fronteiras (jotagomes@gmail.com). Com a colaboração de rafael_bull@live.com.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

BRASÃO E CORES, USA-LAS SEM SABER PODE SIGNIFICAR PROBLEMAS


Brasão e cores, usa-las sem saber pode significar, problemas Voltando ao assunto dos clubes, cada dia ficamos amis impressionado como a coisa se espalha, sem o menor conhecimento.
A cada dia surgem mcs e mais mcs, com desenhos que vão do belo ao ridídulo, do esnobe ao mais simples. E os nomes então, sem o menor significado ou identificável.
 
Mas o pior não é isso, e sim a questão do Brasão.Temos observado nas nossas andanças, que há uma tendência ao surgimento de brasões tri partidos, ou seja, em três partes. Quando se pergunta o porque, a resposta é : "ah, porque é bonitinho". Bonitinho? E por acaso um mc é criado para ser "bonitinho"?..Bom, sei la.
A verdade é que de uma forma mundial, com algumas excessões onde se inclui o Brasil, existem normas que regem os brasões dos clubes tradicionais, e basta se olhar o brasão para se saber que tipo de clube é. Por isso não é raro vemos membros de clubes de alguns países, tendo problemas quando se deparam com clubes tradicionais, por puro desconhecimento. Aqui no Brasil, motoclube sempre foi e é sinonimo de associação, de filantropia, de lazer. Porém, tradicionalmente, existe sempre uma finalidade muito mais ampla por trás dos clubes tradicionais, que muitas vezes foge a compreensão do simples motociclista.
 
Muitas dessas finalidades estão implícitas no Brasão e os que conhecem sabem identifica-las. Um clube social, filatrópico, jamais deve usar um brasão tripartido, pois o próprio brasão irá ferir sua definição até mesmo estatutária muitas vezes. Será a situação de mostrar uma coisa e fazer outra. Esse tipo de clube deve usar o brasão de uma única parte, que indica o clube familiar, filantrópico, onde basta se ter vontade para ser aprovado e fazer parte, mas, a questão mesmo começa com o Brasão de tres partes. Ja começa que nenhum clube de três partes é simplesmente "criado". Ele é sempre oriundo (apadrinhado) , por outro clube tradicional, e tenham aprovação para funcionar em suas respectivas áreas.
 
Os patchs de um clube de tres partes, não são comprados ou adquiridos na diretoria do clube, e sim, conquistados, muitas vezes a duras provas, e aí se inclui a conquista do patch da caveira e do 1%, entre outros.
Se você faz parte de um clube de uma parte, mantenha-se distante dos clubes de tres partes, pois são coisas completamente diferentes e filosofias muitas vezes conflitantes. Essa é uma das diferenças de clubes chamados tradicionais, para os clubes familiares ou filantrópicos. E não, não são irmãos como tanto se apregoa sem saber ultimamente.
São caminhos diferentes e filosofias as vezes até opostas. Os ideais filosóficos de um clube tradicional, podem ser conhecido pelas suas cores. O Brasão é sua história e as cores sua filosofia.
Claro, aqui falamos de forma generalizada, de conceitos mundiais e de situações que o Brasil e alguns outros países, estão excluídos, ja que aqui, os raros clubes tradicionais tem suas origens fora, mas, sempre é bom saber que muitas vezes, um simples brasão, pode ser mal interpretado e trazer consequencias desagradáveis, principalmente se usado fora do Brasil.
 
 
Texto: Gam
Fonte: Black Horse Brasil MC

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

VIAJE EM GRUPO COM SEGURANÇA

 
As viagens de motocicleta proporcionam prazeres e entretenimento de forma inigualável. Durante uma viagem de moto, o espírito de liberdade e aventura, trás lembranças de clássicos do cinema como o filme “Easy Rider”. O prazer é imenso, faz com que possamos sentir a vida em sua plenitude, esquecendo das atividades diárias, das dores de cabeça do trabalho, das brigas de relacionamento e até dos problemas mais difíceis que possamos ter.
 
A viagem em grupos permite maior segurança e possibilita compartilhar emoções e descobertas. Grupos divergentes ou com descontrole emocional de integrantes pode proporcionar sérias divergências e acabar com a tão sonhada viagem. É assim mesmo, no motociclismo também temos discussões e desagregações. Grande parte de desavenças em viagens em grupo, acontecem em viagens de maior distância, influenciadas diretamente pelas dificuldades de estrada, estilos de pilotagem, interesses pela viagem, tempo de duração da viagem, número de participantes e até mesmo liderança e poder aquisitivo.
 
Cada pessoa possui seu equilíbrio físico, emocional, financeiro, planejamento e interesses diferenciados, onde fatores como cansaço, variações de temperatura, alimentação, tempo e stress, se unem para abalar uma grande viagem ou amizade. Para viagens com duração acima de 4 dias ou com mais de 400 Km de distância, algumas dicas são importantes:
 
-Planejar rotas, estradas, paradas, distâncias e abastecimentos - Estabelecer a velocidade de viagem em comum acordo - Formar sub-grupos caso o numero de integrantes ultrapasse de 20 motocicletas
 
- Distribuir roteiro e planejamento para todos viajantes
 
- Identificar com uma fita (tira de pano), na parte de trás da moto, padronizando o grupo. Ficará mais fácil a identificação à distância, principalmente à noite
 
- Proporcionar posicionamento correto das motos na pista, quando em menor velocidade formação em linha, e maiores velocidades formação em “x”, estabelecendo distâncias mínimas de 2 segundos entre motos.
 
- O último integrante deve ter a responsabilidade de ter telefone de todos, e de apoio emergencial necessário -Levem um saquinho de moedas para pagar pedágios, assim não precisa tirar as luvas, entregue o saquinho, a atendente retira as moedas e lhe devolve o saquinho
 
- Avaliar roupas adequadas, malas, acessórios, condições da moto e pessoal
 
- Jamais trafegue ou pare em acostamento desnecessariamente, sempre no posto ou áreas apropriadas
 
- Atenção e organização nas paradas de abastecimento e alimentação -Não terceirize a responsabilidade de sua viajem, por mais confiança que tenha aos organizadores. Você é responsável pela sua segurança. Faça valer de seus deveres.
 
- Esteja sempre atento ao uso de bebidas alcoólicas, excesso de alimento, excesso de velocidade e sinalizações da pista. Todo cuidado é pouco. Temos de ser pró-ativos e ter ciência de diferenças, ambições, expectativas, direitos e deveres. Devemos respeitar para sermos respeitados. Vamos aproveitar estes grande momentos com nossas famílias e companheiros de estrada. Tão bom quanto viajar de motocicleta e podermos unir todos participantes e celebrarmos os grandes momentos da vida.... É isto aí, nos encontramos pelas estradas, e aquele moto-abraço !
 
Para nós não importa o seu estilo, o importante é a sua atitude.
 
Texto: Oswaldo F. Jr.... OMNO - Motorcycle Company Support.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A COISA ESTA FICANDO FEIA DE VERDADE

 
Por Ghan (Black Horse Brasil MC)
 
Quando eu falo que a coisa esta feia, dizem que sou conservador, que sou antigo, etc, etc... mas vamos ao caso: Hoje pela manhã conversando com uma amigo, não cito nome para não compromete-lo ja que é muito conhecido e respeitado no meio, Em la chegando comentamos sobre um evento, para o qual ele foi convidado, para participar de um "batismo" de oito integrantes.
 
Já achamos esquisito convidar alguém de fora do clube para participar do batismo, que deveria ser uma cerimônia interna, mais vamos lá, chegando observou que além dele e a esposa de moto praticamente não havia mais nenhuma moto no local, salvo uma meia dúzia.
Oito coletes pendurados numa espécie de varal aguardavam a vez de serem entregues, a oito garotas que estavam no local e se ocupavam em encher bolas de gás, sim isso mesmo bolas de gás, bexigas para enfeitar o local.
 
Isso feito, chegou a hora, e o meu amigo, nãos e conformando com a situação, perguntou a uma das meninas que seriam "batizadas", sobre onde estavam as motos delas, ja que ele não tinha visto quase nenhuma moto no local. A pronta resposta foi que não tinham moto ainda sendo que uma delas ainda teria que tirar habilitação. Iriam receber o tal colete para depois comprarem suas motos, todas elas, as oito.
Claro, por educação esse amigo la ficou, e ainda fez a entrega de um dos coletes a uma delas, ( isso sem ele ser do clube). Hoje comentando sobre o fato, não teve como não nos sentirmos mal...a brincadeira de usar colete parece que veio para ficar mesmo a palhaçada só aumenta.
 
Por essas e outras tantas é que nos fechamos cada vez mais, curtindo nossas motos como sempre fizemos , porem, junto aos nossos iguais e não compactuando com essa palhaçada que se instaurou, usando algo que ja fez história, ja marcou época.
Parece que a época de dar vergonha de rodar de colete, está chegando bem antes do que prevíamos, pois para quem vê de fora, todos os coletado são iguais.
 
Por isso que ha oito anos atrás, nos desobrigamos de usar nossos coletes, pois, nós sabemos quem somos, os amigos sabem quem somos, e os outros não interessa saber quem somos. Parece que prevíamos que esse dia chegaria...

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

ESTÁ CHEGANDO A ÚLTIMA TEMPORADA

 
Já divulgados pelo canal Fox, O Jax com as linhas de uma caveira. Vamos encontrar um personagem movido pelo ódio e pela ira?
Devemos temer o futuro de jax?
Como já anunciamos por aqui, a temporada final de Sons of Anarchy terá a presença de Robert Patrick, Emilio Rivera, Billy Brown, CCH Pounder, Kim Dickens, Malcolm-Jamal Warner, Lea Michele e, ainda, Marilyn Manson e Courtney Love.
 
O ciclo final de Sons of Anarchy estreia no dia 09 de Setembro na televisão norte-americana.

terça-feira, 29 de julho de 2014

JASPEIROS X MOTOCLUBES

 
A transformação dos encontros de motociclistas e a tolice dos Jaspeitos sem educação.
 
* O meio motoclubista e suas festas de motociclistas vêm sofrendo um desgaste natural, que precede as mudanças naturais necessárias. Tudo está em movimento, muda-se e ajeita-se ao sabor das situações políticas e sociais etc. Os encontros de motos estão nessa fase e padecem de repetição de programação, do comércio como fim e da perda de identidade e do sentido do (jeito de ser) dos encontros tradicionais dos verdadeiros motociclistas como uma irmandade solidária e ordeira.
* O encontro de motociclista, com raras exceções, já não é uma festa amadora, como antes, com o fim principal no prazer de uma boa prosa e de trocas de informações e culturas entre motociclistas, que tinham como estilo de vida viajar o Brasil (e até o mundo) sobre duas rodas. Os encontros aconteciam meio improvisados numa praça ou numa área vazia, e o som era mecânico, ao redor de onde todos se ajuntavam, proseavam sobre cidades, estradas, moto e suas modificações.
 
* Hoje, as evoluções normais dos encontros foram, em alguns casos, radicais desvirtuando o sentido de integração das festas de motos. O show de rock já não é mais pra curtir, tem potência para a cidade toda saber da festa e quase não permite a velha e boa prosa de antes. Quase todos já estão sentindo a falta dos verdadeiros motoclubistas, que estão retornando ao tradicional motopasseio às cidades pequenas. Até o velho aceno de mão ao se cruzarem está acabando.
* Os motociclistas de motos esportivas (não todos, evidentemente) também têm feito estragos nessas festas, aproveitando o país sem ordem. Muitos deles sentem prazer em fazer barulho ensurdecedor ao acelerar, até estourar, o giro do motor e o pneu, no meio da multidão, com risco de grave acidente. Numa festa ordeira desrespeitam a lei sem se incomodar com as pessoas e, o pior, não são nem advertidos pelas autoridades.
 
* Muitos motociclistas de motos esportivas, com sua falta de respeito e de educação, estão criando rivalidade desnecessária no meio motociclístico até resultando em algumas brigas. Perturbam a festa, que não é só deles, e provocam, com o barulho ensurdecedor, os que querem ouvir o show de rock ou conversar. Relatados nas redes sociais, esse comportamento errado, ilegal, perigoso e abusivo, sem reposta da polícia, já comprometeu alguns tradicionais eventos, que começam a sentir o esvaziamento dos outros motociclistas.
* A infantilidade e a tolice (de novos e de maduros pilotos) chega ao absurdo e incrível ato de se acelerar, até o máximo, uma moto na porta de hotel às 5h da manhã. Eu mesmo que vos escrevo padeci com isso num evento nacional e concluí daí que o ser humano é o único bicho que tem o livre arbítrio e o usa até pra ser bobo ao estremo.
* Uma singela sugestão é a promoção de festa separada de motociclistas esportivos com liberação para exibições, e o respeito desses nos eventos tradicionais. A paz e a boa convivência é sempre a melhor opção. Assim, não devemos discriminar e hostilizar ninguém por sua roupa ou moto esportiva num encontro de motos. Devemos, sim, antes de brigar, exigir o cumprimento da lei e abominar o radicalismo e as generalizações perigosas. ZCJ.


Fonte: www.revistamotoclubes.com.br

Texto publicado na seção MOTONOTÍCIAS da Coluna do Jacaré, de 02/06, no Jornal Super Notícias (Minas).

quinta-feira, 26 de junho de 2014

L'ÉQUIPÉE DES FILLES DE PARIS


 
    Cinco belas garotas parisienses, apaixonadas por motos, aventura e pelo lifestyle do mundo vintage, resolvem filmar esse passeiozinho pelo Himalaya. Sobre nada mais, nada menos, do que umas Royal Enfields. Resultado: só máquinas por aqui...
 
 

quarta-feira, 25 de junho de 2014

SITUAÇÃO DIFICIL QUANDO SE DEPENDE DE UM MECÂNICO

 
Ultimamente tenho observado, principalmente com alguns amigos que dependeram de mecânicos para suas motos, o calvário que está sendo. Além de não serem fáceis de serem encontrados, parece que esta havendo um surto entre os mecânicos, quando a razão e a coerência deixaram de existir. Estão ocorrendo verdadeiros assaltos ao indefeso cidadão que depende deles, até mesmo para apertar um simples parafuso.
 
Claro, com o volume maior de motos de alta cilindrada no mercado, ha uma tendencia natural de aumentar a busca pelos profissionais. Estes por sua vez, criaram cifrões nos olhos, e cobram pela moto e não pelo trabalho.

Infelizmente, a diferença econômica entre os proprietarios, gerou um fator negativo, pois, com o "tipo" bem brasileiro, aquele que tem um poder aquisitivo maior, faz questão de jogar dinheiro fora, principalmente para "mostrar" que tem. Em contrapartida o menos favorecido, acaba tendo que arcar com o ônus do exibicionismo dos primeiros. Isso se reflete desde a venda de acessórios, até a prestação de serviço de mão de obra.

Situações absurdas estão acontecendo, chegando ao ponto de um amigo pagar 280 reais para trocar um pneu de sua moto. Sim, tirar um e colocar outro numa HD.
A justificativa do mecânico foi o trabalho que da, mas ora, se assim for então imagine a que preços chegariam os demais trabalhos de profissionais das mais diversas áreas.
No quesito peças e acessórios, médias de lucros em torno de 250 a 350 por cento, tornou-se normal. Qualquer barra de ferro, que tenha recebido um cromo por cima, passa de seus 10 ou 15 reais, para 350, 400 ou 500 reais.

Um coisa interessante, é que os mesmos que oneram a situação, os exibicionistas, são os que se mais se arvoram em criticar o comercio de peças roubadas. Ora, são eles quem criam a situação para que isso prolifere. Eles geram isso.

Se todos começassem a exigir uma cobrança justa, deixando de fazer o serviço ou de comprar a determinada peça, forçariamos o retorno aos padrões de uma normalidade aceitável.
Infelizmente o assalto que sofremos nos mecânicos e nas lojas de acessórios, tendem a aumentar, pois o maldito vicio do brasileiro de "levar vantagem em tudo", é um câncer incurável.
 
Por conta de alguns, todos pagamos, aliás, como várias outras coisas nesse brasilzão.
Orçamentos de mão de obra, chegam ao absurdo de custarem o equivalente a 30 ou 40 e até 50 por cento do valor da moto, como tenho visto recentemente, e muitas vezes por serviços nem tão confiáveis.
 
Dificil..cada vez mais dificil ser honesto nessa terra....
 
 
Texto: black horse brasil mc

quarta-feira, 18 de junho de 2014

E O GPS ?...

 
Sempre ficamos observando as historias de viagens, as fotos, os passeios do pessoal. Algumas narrativas e fotos, nos levam a viajar juntos com a descrição, outros nem tanto. E nessas "viagens" que fazemos através das narrativas, observamos o quanto tudo mudou...o quanto se perdeu do encanto de sair sem saber ao certo onde e quando parar.
 
Até hoje, em todas as nossas viagens, escolhemos apenas o ponto de partida. Nem mesmo a hora rígida, escolhemos, porque achamos que a própria espera dos demais, ja faz parte da diversão.... Gostamos de imaginar que a estrada é uma incógnita e o destino é apenas um detalhe insignificante. Gostamos de imaginar se teremos onde parar para almoçar, se só conseguiremos jantar ou se não conseguiremos fazer nenhuma refeição.
Gostamos de imaginar se teremos onde abastecer ou se ficaremos parados sem gasolina em algum lugar perdido no mapa.
Gostamos de imaginar se conseguiremos dormir em um hotel, um motel ou ainda, nessa época atual, em algum posto de gasolina no meio do nada.
Gostamos de imaginar que pararemos numa encruzilhada, e não teremos ninguém para perguntar para que lado vai para onde.
Gostamos de imaginar, se teremos um cobertor quente numa noite fria, ou se apenas teremos que nos contentar com nossas jaquetas. Isso faz com que para nós, a moto seja diferente, a viagem seja diferente, a vida seja diferente.
A falta de programação, a falta de horários, a falta de regras nos acompanha nesses 36 anos de clube e talvez seja por isso que continuamos , exatamente como sempre fomos...felizes sempre, conosco mesmos.
 
Texto: black horse brasil mc