segunda-feira, 29 de abril de 2013

A MÁ INFORMAÇÃO SOBRE FARÓIS DE MILHA E DE NEBLINA



Voltando um pouco aos temas mais técnicos, optamos por escolher um dos assuntos que volta e meia surge nas rodas de papos: faróis e iluminação.
É bastante comum se ouvir falar em faróis de milhas, faróis auxiliares e faróis de neblina. Bom, auxiliares são ambos, tanto os de milha como os de neblina.
Existe resolução do Contran para uso desses faróis nos veiculos e seu uso fora das especificações podem gerar multas.

Normalmente ouvimos falar de ambos os tipos de faróis como se fossem iguais, inclusive eu mesmo ja ouvi a expressão " farol de milha com lente amarela". Bom, isso não existe... Vamos aos faróis de milha, que como o nome ja indica, é uma iluminação para longa distancia. Obrigatoriamente deve ter luz branca ( ou lâmpada incandescente, considerada branca), e tem o desenho da lente liso ou ondulado VERTICALMENTE.

Isso porque a ondulação auxilia focar a luminosidade no centro e a distancia. O farol de milha, SÓ projeta luz em linha reta e só devem ser utilizados conjuntamente com os faróis altos, auxiliando o foco a distancia. Por isso existe para carros a regulamentação de altura e largura de posicionamento.É proibido seu uso como iluminação principal, em substituição aos faróis normais do veiculo. No Brasil, a maioria dos faróis de milhas, são equipados com lâmpadas de 55W, o que é proibido em alguns países pelo seu poder de ofuscamento, sendo então utilizadas lâmpadas de 30W.

Quanto aos conhecidos como faróis de neblina, ou caça buracos, ja começa por terem quase sempre sua lente amarela, o que facilita vencer a densidade da neblina ou poeira. Tem uma emissão de luminosidade HORIZONTAL, por isso, geralmente tem as onduções das lentes, horizontais. Ao contrário do milha, ele espalha o facho de luz a curta distancia e direcionada a frente e laterais do veículo, para facilitar a visibilidade das faixas e olhos de gatos da pista. Pelo fato de jogar a luz "por baixo" da neblina, que fica a cerca de 30 cms de altura do asfalto, SÓ PODEM serem fixados na parte inferior dos parachoques dos veiculos. No caso das motos o mais baixo possivel fixados ao mata cachorro. Podem regulamentarmente, serem brancos ou amarelos e em nenhuma hipótese podem ser utilizados como iluminação principal.

Ambos os faróis são auxiliares, e como tal somente devem ser utilizados em situações de necessidade. Basicamente o farol de milha, para melhor visibilidade alta e a distancia, e o farol de neblina para visbilidade abaixo da frente do veículo ( menos que o farol baixo) e lateralmente.

Em carros a normatização é bem claro quanto a instalação desses farois auxiliares ( quando não são originais de fabrica), e muitas vezes vemos pessoas sendo autuadas, mais por desinformação, do que por erro voluntario, como o caso de caminhoneiros que instalam quatro farois de milha ou de neblina juntos, à frente dos veículos.

No caso de motos, a utilização deve seguir as mesmas diretrizes, ou seja, faróis de milha, usados com o farol alto, em estradas sem iluminação, devendo ser desligado ( usando farol baixo) ao cruzar outro veiculo. Faróis de neblina, usado em condições severas de visibilidade, quando o farol baixo estiver em uso. Não ha necessidade de desliga-lo ao cruzar outro veiculo. O uso fora dessas situações, pode, gerar autuação do condutor. Faróis auxiliares não servem para sinalizar motos, sob alegação de aumentar a visibilidade. Isso deve ser feito com o uso direto do farol baixo e lanterna traseira.


quarta-feira, 24 de abril de 2013

sábado, 20 de abril de 2013

HELL ANGELS "ANTES QUE EU ME ESQUEÇA"

 
A algum tempo atrás passou no Natgeo, um documentário sobre os Hell Angels e falou sobre esses motociclistas que até hoje não se sabe ao certo se são simplesmente motociclistas que amam suas motos e encrencas ou motoqueiros que escondem através do grupo diversas atividades ilegais como contrabando de armas, drogas, e outros crimes.
 
Na série foi contada a história de agentes federais que se infiltraram para que pudessem conhecer história, estrutura e as possiveis atividades ilegais do moto-clube, no fim da história até os bons rapazes se tornam motoqueiros violentos viciados em metanfetaminas e acaba ficando dificil diferenciar os santos dos pecadores.
 
Mas os Hell Angels não tem essa fama de agora, quem assistiu a gravação de uma apresentação ao ar livre no autódromo de Altamont em 1969 ( Lançado em 1970 através do documentário Gimme Shelter) que contou com apresentação de diversas bandas, inclusive Santana, The Grateful Dead, The Flying Burrito, Crosby, Stills, Nash, Young e Rolling Stones teve noção do que são os Hell Angels pois o evento contou com os mesmos como seguranças contratados ( logo eles né, pessoas tão amigáveis e da paz rs "diz-se que foi Grateful Dead que deu a sugestão") Naquele dia se pôde constatar o enorme erro cometido pela organização ao te-los como seguranças de um evento que era para ter sido em prol da paz.
 
 
O evento contava basicamente com 500 mil pessoas, mais especificamente hippies e qualquer um que tentasse subir no palco era agredido e tirado a ponta pés, senão pior.
 
O problema maior aconteceu então, quando os Rolling Stones subiram no palco, deixando a platéia mais histéria e consequentemente os Hell Angels mais selvagens. Durante a música Under my Thumb, um jovem negro, Meredith Hunter ( que portava uma arma) é apunhalado e assassinado pelas costas por um Hell Angel, isso tudo você pode ver no filme se assistir.
 
Se Meredith estava ou não atacando os seguranças, se causou inveja simplesmente por estar com uma loira linda ou se estava só loucasso são teorias, mas anos mais tarde o segurança acusado foi inocentado por " legitima defesa".
 
Hell Angels enquanto agridem Meredith com tacos de sinuca
( Fotografia: Ronald Grant Archive).
 
Para mim ficou muito óbvio que não foi legitima defesa, pois através das filmagens pode-se perceber como foi o ataque covarde feito a Meredith, é por ai que percebemos a força que esse grupo pode ter em se tratando de ilegalidade, crimes e impunidade. Já em relação ao show, os Rolling Stones só ficariam sabendo no dia seguinte que naquele dia quatro pessoas haviam morrido. E essa é mais uma história trágica que envolve esse universo do rock´n´roll, além do que esse dia envolveu muitas mais histórias violentas, essa foi só uma delas.
 
Hippies, paz, amor e Hell Angels, que combinação catastrófica.
 
 
Texto: Jaqueℓine M. de Oliveira
 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

NÃO DÊ COMIDA PARA O MACACO



Num dos meu passeios de moto com a minha mulher,
paramos numa lanchonete pra “forrar o estômago” e esticar as pernas.
Na saída, observamos que em cima de um poste, a uns 2,5 metros de altura havia uma casinha onde tinha uma corrente como se houvesse um animal dentro dela, e havia uma placa dizendo:
“NÃO DÊ COMIDA PARA O MACACO”
Minha mulher que adora bichos ficou encantada:
- eu quero ver o macaquinho, e foi até lá.
Voltou “bufando” de brava, xingando todo mundo.
Fui até lá pra ver o motivo de tanta raiva.
Não me contive e ri até a barriga doer.
Preso à corrente havia um macaco . . .
de FUSCA. Achei genial !!!

PS: Essa é uma história real.


Por: Mario Sergio Figueredo

segunda-feira, 8 de abril de 2013

LONGE OU PERTO, CONFORTO OU ESTILO...



Há algum tempo sem movimentar nosso blogger, vamos a uma nova materia. dessa vez falando de motos e distancias.

É comum ouvirmos, muitas vezes entre os amigos mesmo, a boa , velha e saudavel discussão acerca de qual a melhor moto para longas viagens. E claro, como não poderia deixar de ser, nunca se chega a uma unanimidade. E nem se poderia chegar, afinal não existe um unico tipo de motociclista, e cada um deles tem sua preferencia pessoal, nem sempre baseada no tipo de moto.

Aqueles, entre os quais eu me incluo, que são chamados custonzeiros, boa parte deles vindo de epocas em que as unicas existentes eram as custons, sabem e defendem esse estilo de moto, seja para um bate e volta ou para uma volta ao mundo. E sabemos que não existem limites de estradas para as boas e velhas custons..desde a terra até o piso de cimento das auto estradas.

Claro, o sacrifico é maior, as dores na coluna são maiores, mas, fala mais alto o prazer de pilotar mantendo a postura classica dos velhos tempos.

Outros, a maioria mais jovens, ou novos motociclistas, ja nasceram dentro de um amplo leque de opções, e não defendem tanto mais um estilo, e sim o conforto e a praticidade. Esses optam pelas Big Trails, cuja posição proporciona maior conforto e elasticidade. Em função de suas ciclisticas, oferecem melhores entradas em curvas, o que possibilita uma manutenção maior de velocidade constante. Tambem se comportam melhor em pisos irregulares, pouco ou quase nada sacrificando o piloto. Mas, no fundo, o que importa é que todos tem consigo o ideal básico de longas viagens.

Os limites para uma moto são infinitos, seja ela uma cento e cinqueta cilindradas ou uma mil e oitocentas, não importa, o prazer é sempre imenso.

Hoje quase não se ve uma definição de estilos, sendo que grande parte curte as experiencias que os varios modelos a disposição oferecem, indo das esportivas às classicas e das trails as streets, raramente se predispondo a um determinado estilo. Isso não é ruim, pois é a chance de sentir e conhecer cada um deles, coisa que antigamente não havia. Era esse ou esse mesmo.

Aqueles que encontraram seus proprios estilos e os tem definidos, não abrem mão dele, até por saberem e conhecerem todas as possibilidades que oferece, e saberem como curtir isso numa longa viagem.

Com o surgimento de grandes grupos, chamados de motogrupos, a mistura de estilos acaba causando algumas dificuldades. Rodar com uma moto esportiva, a cem ou cento e vinte quilometros por hora, acompanhando um grupo de custons, não é das missões mais faceis. Da mesma forma que acompanhar um grupo de custonzeiros e rodar mil quilometros num dia, não é uma missão para qualquer motociclista. São as diferenças fundamentais que definem cada um individualmente dentro dos grupos.

Definir qual a melhor moto para isso ou para aquilo, é uma discussão infrutífera, pois em que pese a importancia da moto, ha todo um contexto envolvido na individualidade de cada um dos participantes, cuja unanimidade jamis será alcançada.

Com certeza, será sempre a melhor moto, aquela que lhe da prazer, seja ela custon, trail, big trail, street, etc..e seu prazer, será unico e indivisível e somente voce sera capaz de senti-lo, aplicada a sua propria necessidade, seja ela rodar pela cidade, ou percorrer longas distancias.

Até mesmo a conotação de "distancia" é individual e intransferível. Não adianta querer dizer a um velho custonzeiro que dois mil quilometros é longe, assim como não adianta quere impor a um "speedeiro" que quinhentos quilômetros é perto.
Moto é individual, assim como o estilo de cada motociclista... tema indiscutível.


Texto: www.blackhorsebr.blogspot.com

segunda-feira, 1 de abril de 2013

MOTOQUEIRO OU MOTOCICLISTA É PONTO DE VISTA


Parece que a humanidade tem uma necessidade vital de criar novos nomes para velhas funções. No universo da motocicleta essa tendência já é observada na classificação dos tipos de motos, passando pela especificidade de cada função. Por exemplo, as motos “nakeds” (nuas, em inglês), que são simplesmente as motos como sempre conhecemos desde a invenção da roda, sem qualquer artifício aerodinâmico. Portanto, não precisava receber nenhuma classificação, porque já a chamávamos simplesmente de… moto!
Cena da novela "Cavalo de Aço" - Rede Globo (1973)

Agora começou a surgir também a identificação do tipo de motociclista. Os proprietários de motos esportivas começaram a se identificar como “bikers”, como se isso os fizessem diferentes de outros motociclistas. Já as motos esportivas passaram a ser chamadas de “bikes”, que no idioma original significa simplesmente bicicleta! Mas a classificação que mais gera controvérsia, desnecessária, claro, é a de motociclista e motoqueiro.

Vou voltar no tempo. Lá nos anos 60, quando as motocicletas começaram a ser vistas como objeto de prazer e não apenas de locomoção nem de facilitação de transporte urbano. Naquela época, no Brasil, as motos eram praticamente brinquedos de luxo, ligadas a uma vida de playboy.

No começo dos anos 70, mais precisamente em 1973, a Rede Globo exibiu uma novela chamada “Cavalo de Aço” que tinha uma Honda CB 750F como uma das personagens mais marcantes (pelo menos para mim!), pilotada por Tarcísio Meira. Ela popularizou a moto que chegaria em grande escala até 1976 e o duro golpe da proibição de importação.

Nessa época as motos eram chamadas de motocicletas só pelo meu avô e seus colegas. A juventude chamava simplesmente de moto ou pelo carinhoso apelido de motoca. Que tinha o componente charmoso de lembrar outra coisa bem cobiçada, as cocotas (que veio do francês cocotte). As minas, as gatas, eram chamadas de cocotas e a associação com motoca foi imediata.

Daí que os jovens que saíam com suas motocas à caça das cocotas eram chamados de motoqueiros. Podia ser motoquista, assim como quem trabalha com estoque é estoquista e não estoqueiro. A etimologia da palavra motoqueiro remete exclusivamente à motoca. Para quem gostava de se referir ao veículo como motocicleta, podia continuar se definindo como motociclista e pronto.

O termo motoqueiro tinha nada de pejorativo até meados dos anos 80 quando uma revista especializada começou uma desnecessária campanha para separar os recém motociclistas profissionais, que hoje chamamos de motoboys, dos outros que usavam a moto como meio de transporte e lazer. E assim surgiu a diferenciação entre motoqueiros e motociclistas.

Segundo essa campanha, os motoqueiros seriam aqueles que demonstrassem um mau comportamento no trânsito, usavam a moto como meio de renda ou donos de motos pequenas, criando uma espécie de “classe baixa” dos donos de motos. Já os motociclistas seriam aqueles que exibiam um bom comportamento, usavam motos grandes, como meio de lazer ou transporte de luxo, pertencente a uma “classe alta”.

O resultado é isso que temos hoje: uma inútil e fabricada sociedade de classes entre os usuários de motos, muito mais ligada ao puro preconceito do que à língua portuguesa em si. No nosso idioma, os sufixos “ista”e “eiro” se referem àqueles que trabalham ou vivem de alguma atividade. O jornalista trabalha na produção da matéria prima para o jornal, que é a informação. E o jornaleiro é quem vende o jornal. Nenhum é mais ou menos importante que o outro.

Em São Paulo o estabelecimento que lava motos anuncia “Lavagem de Motos”. No sul do Brasil, lavagem é a palavra usada para comida de porcos, por isso eles anunciam como “Lavação de Motos”. E a máquina que está na sua área de serviço é uma máquina de lavar e não de lavagem nem de lavação. Portanto tem muito mais de etimológico do que de sociológico nos termos motoqueiro e motociclista.

Pena que o ser humano tem essa necessidade quase vital de criar rótulos e separar os indivíduos em castas. Os proprietários de barco à vela são “contra” os donos de barco a motor e vice-versa. Quem voa de asa delta se acha mais especial do que quem voa de parapente. Todos dividem o mesmo meio, aquático ou aéreo, mas precisam se dividir para ter assunto nos clubes e associações.

Voltando aos motoqueiros e motociclistas, não existe esse conceito de que o motoqueiro é bandido e o motociclista é o mocinho. Tudo papo furado, criado por uma imprensa preconceituosa e desinformada. O que existe são bons e maus motociclistas ou bons e maus motoqueiros. Estou cansado de ver donos de caríssimas BMW ou Harley-Davidson furando farol vermelho, rodando na calçada, fazendo conversão proibida, quebrando espelhos retrovisores dos carros, mas que na rodinha de amigos se proclama motociclista e tem ojeriza de motoqueiros. Da mesma forma vejo todos os dias motociclistas profissionais (hoje chamados de motofretistas) dando exemplos de bom comportamento e cortesia no trânsito, mas que são chamados de motoqueiros.

A questão é: por que estimular a criação de estereótipos preconceituosos se todos usam e são apaixonados pelo mesmo veículo?

Eu gosto muito de me referir à minha moto como motoca, logo eu sempre fui, sou e serei um MOTOQUEIRO e com muito orgulho!


Sugestão: Joel


Fonte: Texto e imagem do jornalista Geraldo Tite Simões publicado originalmente no site
www.motite.com.br