quarta-feira, 27 de março de 2013

POR ÁGUA A BAIXO

     O vídeo acima ilustra uma dica simples e direta de hoje. Há uma grande diferença entre pilotar uma moto no dia a dia, em locais e circunstâncias conhecidos, e viajar por novos ares. Se você não tem muita experiência em viagens e vai começar a se aventurar leve em conta a dica. Seja prudente ao avaliar situações novas. Cada região, cada tipo de clima, relevo, cada lugar, enfim, tem suas particularidades. Ao viajar você vai se expor a coisas novas e não custa nada ter um pouquinho mais de cuidado ao avaliar as coisas. No vídeo, até que parecia fácil cruzar um pequeno curso de água, não é mesmo? Na prática não foi bem assim.

segunda-feira, 25 de março de 2013

GERAÇÃO MOTOCICLISTA



Todas as gerações, ao longo destes últimos 60 anos principalmente, são marcadas por certas atitudes e comportamentos que estão muito associadas aos acontecimentos do seu tempo, pelos quais os cidadãos foram influenciados ou cumpriram o papel de agentes de influência. Cada qual ao seu tempo e região do planeta em que estes acontecimentos se apresentaram.

Existe atualmente uma vasta literatura dedicada a explicar atitudes e comportamentos das gerações destas décadas, que se inicia com a geração BM (Baby Boomer), termo genérico que define crianças nascidas da explosão populacional, do inglês Baby Boom, que numa tradução livre significa Explosão de Bebês, explicada pela ocorrência deste fato no pós 2ª Guerra Mundial, e que define um grupo de indivíduos que nasceram no período entre 1946 e 1965. Esta geração foi muito marcada pelo idealismo de atuar na reconstrução do mundo, focada no trabalho intenso e contínuo, dia e noite, transformando-o na sua atividade mais importante e que representa a sua identidade e valorização.

Dos seus filhos surgiu a geração X, dos indivíduos que nasceram no período entre 1966 e 1978, que deu forma a geração revolucionária, da contracultura, do movimento hippie, da revolução sexual, do combate as ditaduras e dos protestos contra as guerras, postulados pelo inconsciente abandono e comportamento apático pelos pais, devido as suas fortes dedicação e importância dada ao trabalho e sustento da família. Pra geração X o trabalho adquiriu a utilidade de ser um recurso para pagar as contas.

Dos filhos destes surgiu a geração Y, dos indivíduos nascidos no período entre 1979 e 1992, marcada pela revolução tecnológica, criados na globalização, na multicultura, na diversidade e no surgimento da Internet. São os expoentes da sociedade de consumo, seres de um cenário bastante variado, pois é possível encontrar nela simultaneamente os workholics, worklovers, profissionais estressados e aqueles que priorizam a qualidade de vida. Na ponta deste comboio de gerações, temos as crianças e adolescentes de hoje, formando a geração Z, que muito nova, vive conectada por dispositivos portáteis entre redes sociais e games, preocupada com a violência e o meio ambiente, e ainda não inserida no mercado de trabalho, embora alguns destes pequenos indivíduos, já façam bom uso deste privilégio tecnológico pra dar belos primeiros passos no mundo dos negócios. Existem vestígios de outra geração vindo por aí.

Enfim, e de novo, não estamos à ensinar o Pai Nosso ao vigário. Todo este proseado sócio-econômico-cultural é pra defender uma tese, pela qual, e muito antes dos últimos 60 anos e de todas estas gerações, surgiu pelas estradas deste mundão meio redondo, a “geração motociclista”, que também pode ser denominada geração rider, biker e outras pra se referir a estes mesmos indivíduos. Àqueles que ao final do século 19, e a partir disso, se propuseram a dominar uma máquina com duas rodas, pra sua condução no trabalho, esporte e lazer, e que tiveram a oportunidade de ter as mais extraordinárias máquinas passando pelas suas mãos, como as motocicletas Daimler, Hildebrand & Wolfmueller, DeDion-Bouton, Single (Hendee Manufacturing Company), Indian, Harley Davidson, Excelsior, Pope, a belga FN, a alemã NSU, Asahi, BMW, Zündapp, Triumph, Norton, Vincent, Royal-Enfield, Matchless, BSA, Csepel, Ural, Guzzi, Jawa, Triumph, Monark (motor BSA), Monareta (motor NSU), Lambreta, Saci, Moskito, Iso, Vespa, Gulliver, as brasileiras FBM, AVL, Xispa e Motovi (Harley Davidson), Piaggio, Brumana, Alpina, Honda, Suzuki, Yamaha, Amazonas, Ducati, MV Agusta, Aprilia, Benelli, Morini e da recém-invasão das brasileiras chino-coreanas Dafra (Lifan, Loncin e Zongshen), Sundown (Qingqi e Zongshen) e Kasinsky (Lifan, Zongshen e Hyosung), as chinesas e coreanas Traxx, FYM, MVK, Guangdong, Shineray, Zhejiang, Chituma, Panyu, Jailing e outras ching-lings. Ufa!!!! Pois então ...

Se voltarmos os olhares para a trajetória destes “primatas” do motociclismo, e por todo o tempo da “geração motociclista” até os dias de hoje, observamos que ela sempre foi repleta de aventura, liberdade, estrada, rebeldia (contra o status quo), viagem, sonho, simbolismo, indumentária diferenciada, desafio, dedicação, amizade, companheirismo e lealdade. Atributos que em nenhum outro lugar é mais evidente do que nos grupos de motociclistas.

A “geração motociclista” permaneceu por mais de 100 anos de gerações da humanidade com praticamente as mesmas atitudes e comportamentos, que remontam aos primórdios da existência desta máquina com duas rodas, a nossa adorável motocicleta. Mesmo com toda evolução e disponibilidade de tecnologia embarcada nas nossas máquinas, vestimos as mesmas roupas de couro e temos um mesmo sentido secular de vida em grupo.

A “geração motociclista” é atemporal ou ad eternum (Lat: para todo sempre), podemos ser todas as gerações juntas, podemos ser a “geração BM_X_Y_Z”, podemos continuar a ser uma geração tolerante, inteligente, fraterna e empreendedora, e “de quebra” disseminar nossos princípios e valores para todas as outras gerações.

Porque, mesmo pelas desorientadas mãos dos homens, acreditamos que este mundão nunca vai deixar de ser meio redondo e experimentarmos todas as sensações que é estar em movimento nesta maravilhosa máquina de duas rodas. Num período de muitas opções de encontros e viagens, temos bons motivos para estarmos nas estradas em total vivência destes legados.

Escolham os seus destinos e boa viagem.


Autor: Reinaldo Brosler

segunda-feira, 18 de março de 2013

FELIZ ANIVERSÁRIO "ATRASADO" BROTHER


A Idade de Ser Feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida
e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.
 
Você veio pra fazer a diferença e marca a todos nós com sua simplicidade humana!
 
By: toninho

quinta-feira, 14 de março de 2013

VALE A PENA VER DE NOVO "MUITO ALÉM DA ALVORADA"


Há um certo estranhamento toda vez que pegamos a estrada. Afinal porque viajamos? Qual a nossa necessidade? O que realmente nos impulsiona?

Nada mais injusto que questionar a um motociclista porque enfrentamos tanto "desconforto"? O próprio conceito de conforto é variável. Conforto transcende simplesmente uma cabine refrigerada, música em sistemas de dvd multimídia e toda a parafernália de segurança passiva e ativa de um automóvel se quisermos comparar friamente os dois meios de transporte mais individuais. Cabe os parênteses que viagens em ônibus coletivo podem ser muito interessantes quando se está em um grupo animado.

Mas voltando a palavra conforto, muitos de nós motociclistas afirmarão categoricamente que o cheiro do asfalto, da poeira, do mato em volta, o calor, o frio, a chuva, mosquitos, besouros e toda a sorte de estímulos que recebemos diretamente no peito (e na fuça para os adeptos do capacete aberto) é incrivelmente confortável.

Mas ao diabo, como? Pegunta o incauto leitor. Bem, isso tem haver com a experiência, o ser humano é um ser que precisa experimentar para desenvolver, para sentir-se vivo. Nosso cérebro se alimenta de estímulos e sensações. Quanto mais, mais o cérebro se desenvolve e isso quem diz são os textos científicos, não este humilde cronista. Portanto a experiência é o conforto.

Assim nada mais confortável que tomar um banho de lama daquele maldito caminhão a frente porque ainda não houve janela para ultrapassá-lo. Nada mais confortável que sentir a neblina gelada até os seus ossos enquanto tenta dissernir o trajeto no meio do branco insólito. Nada mais confortável que dividir os infortúnios, desaventuras e sim as bonanças de cada viajem realizada com os amigos.

No final, usando a propaganda de certo sabão em pó, a vida é para ser vivida e as estradas para serem enfrentadas. Para toda a sujeira e até estrume de vaca que vier a te atingir, basta um bom banho.

Este fim de semana, após longo hiato, fiz uma curta viagem de Mariana a Bhz na sexta a noite e depois retornei no domingo pela manhã. A mesma estrada, a mesma distância, porém o simples fato de ir num sentido e depois ao contrário e o próprio horário (a ida a noite e o retorno logo pela manhã) trouxeram conforto extraordinário e experiências complexas. Não teria vivido tão intensamente a viagem se estivesse em outro meio de transporte mais "confortável". Lembro até de dormir no banco de carro ao estar de passageiro e perder a paisagem. Mas de moto sempre podemos ver o pôr do sol ou a alvorada e muito além.

Mas porque realmente pegamos a estrada? Nenhum motociclista será capaz de explicar com palavras (eu bem que me esforcei aqui), porém venha conosco e veja com seus próprios olhos.



Gustavo Fantini
Clã do Gallo Preto - DACS

segunda-feira, 11 de março de 2013

FAÇA SUA MOTO DURAR MAIS


DICAS DE DURABILIDADE

Veja, abaixo, algumas dicas recomendadas para “economizar” a sua moto e aumentar a sua durabilidade:

Ao dar partida no motor ainda frio, evite acelerar. Deixe que funcione em marcha lenta por alguns minutos até que atinja aproximadamente 40 graus;

Evite manter o motor ligado, com a moto parada, depois de suficientemente aquecido;

Procure passar as marchas no “tempo” certo, sincronizando corretamente a rotação, para não causar trancos no câmbio e embreagem;

Acelere e desacelere o motor sempre com progressividade, sem mudanças bruscas de velocidade;

Procure antecipar as suas ações sempre que possível para não frear bruscamente. Isso economiza pneus e sistema de freios;

Mantenha os pneus sempre calibrados, o que previne desgastes excessivos da banda de rodagem e evita esforço extra do motor;

Se possível, procure abastecer somente em postos que ofereçam combustível de boa qualidade;

Troque o óleo do motor, bem como o filtro correspondente, após transitar em locais alagados ou muito poeirentos. Ou sempre que notar alterações de cor no lubrificante, causadas por contaminação com água (esbranquiçado) ou outros produtos (esverdeado);

Mantenha sempre limpos os filtros de ar e combustível. No casso de componentes descartáveis, troque-os sempre que “enfrentar” viagens ou abastecimentos em locais sujeitos a muita fuligem, poeira ou sujeira;

Verifique regularmente a carga da bateria e o nível de solução (se necessário), para prevenir sobrecargas e esforços extras no sistema elétrico;

Não permita que a corrente de transmissão trabalhe folgada ou sem lubrificação, o que causa desgaste prematuro e aumento do esforço do motor;

Não faça adaptações de escapamentos, rodas e outros componentes que não tenham a aprovação do fabricante;

Faça as revisões periódicas em concessionária autorizada. A economia nem sempre compensa;

Após receber a moto de uma revisão ou conserto, faça uma verificação para confirmar se os serviços foram realmente feitos e se não ficou nada mal apertado ou fora do lugar.

OBS: Este trabalho foi compilado de diversas fontes, tais como: revistas especializadas, jornais, news letters eletrônicas, além de conter observações pessoais relativas à própria experiência do autor, ao longo de 40 anos de estrada sobre duas rodas e tem como objetivo fazer com que, a cada dia, mais amantes do “espírito de liberdade”, do companheirismo, da amizade desinteressada e do desestressante prazer de pilotar uma motocicleta, possam com segurança desfrutar dessa saudável atividade.

Fonte: http://www.motoseguranca.com.br/

quinta-feira, 7 de março de 2013

VALE A PENA VER DE NOVO "O HOMEM EM GRUPO"

Caros companheiros de jornada, usuários de veículos de duas rodas, blogueiros, amigos, gente diversa e versada em discutir sobre motocicletas e sobre relacionamento em grupo.

Uma parte dos estudiosos das sociedades e suas culturas afirma que, onde quer que o homem seja encontrado, em ualquer época ou fase de senvolvimento, ele estará em grupo.

Dito isto e supodo que voces já devam ter ouvido a frase “o homem é um ser social”, dita pelo filófo grego Aristóteles (séc. III a.C) e repetida como um eco eterno através dos mais diversos veículos de comunicação, nem sempre entendemos a profundidade da sua afirmação.

Quero deixar claro que não sou filósofo e não vim aqui dissertar sobre filosofia. Não no sentido acadêmico da coisa. O que na verdade eu vim fazer foi conversar sem convencer sobre relacionamento em grupo.

É um fato que poucos são os seres humanos que se isolam de amigos e conseguem atravessar a jornada sem enlouquecer. Eu afirmo existirem pessoas em minha vida que se não as encontrasse, talvez nem valesse a pena ter vivido.

A vida me empurrou para a convivência em grupo sem eu nem mesmo perceber, e quando entendi que essa era a melhor forma de viver, aceitei o inevitável: criei uma rede de amigos que cresce e me faz crescer com eles.

Essa sim era a tônica da conversa: rede de amigos. A necessidade de econimizar tempo e dinheiro garantindo a diversão me levou a comprar uma motocicleta, os sonhos de menino e de cinéfilo forçaram a escolher uma custom, a academia me incentivou a pesquisar sobre tribos urbanas, e bem ai eu conheci o meu atual moto clube.

Cada “passo” que dou ao lado deles fico menos pesquisador e mais “envolvido”. Cada encontro, cada viajem e eu dependo mais do Bando. Sob a liderança e proteção deles me sinto seguro. Penso que descobri como quero terminar os meus dias.

É, eu ando em bando enquando puder andar.


Texto Joel Gomes
Adaptação: Toninho

segunda-feira, 4 de março de 2013

METAMORFOSE AMBULANTE


Passei um dia inteiro, pensando nisso.
Ainda não sei o que dizer. Sou, como Voltaire, amante das liberdades. todo mundo pode pensar o que quiser, e fazer desde que não incomode terceiros.
O meu papel, como ser humano é impulsionar isso. Poderia ficar uma tarde falando sobre sociologia, mas não posso sequer responder um e-mail. Tenho um amigo que me diz sempre: não crie expectativas nas pessoas. Eu não aprendo.
A cada dia que passa me sinto mais atado. Como numa camisa de força. O cara tem os braços, mas não pode usá-los. Estou muito desconfortável, para utilizar um eufemismo e diminuir o impacto das minhas palavras, de ler esse seu e-mail na reunião, na frente de todos, inclusive do membro de nossa facção Aracaju que estará presente essa semana.
Espera, eu não falava agora mesmo das liberdades que eu tanto amo?
Vai entender o ser humano... O inferno são os outros, como dizia Jean Paul Sartre. Tudo o que eu posso dizer, sem acusá-lo de nada, sem cobranças, sem dramas, é que não foi um bom dia. O dia todo não, mas o momento em que li isto sim.
Eu esperava que acontecessem coisas diferentes, já criando expectativa novamente, e que você não mais tirasse o brasão do colete novamente. Uma vez, foi suficiente para mim. E pelo jeito, serei eu a ir pegá-lo na sua casa. Outro trauma. Muito do que sei hoje eu devo a você.
Então, como nada posso fazer neste momento, para mim, no mínimo solene, tenho uma coisa a dizer em minha defesa: Obrigado.
Não pense que vou me afastar de você, ou deixar de te defender, quando precisar. Para mim, quase tudo fica igual. E gosto mais ainda de você, por ter tanta coragem.
Ser adulto não é nada fácil.

Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas. Mário Quintana



Texto: Joel Gomes